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Estátua representando Catherine na Era Spire. MYST IV Revelation. |
- Encontrado em MYST IV Revelation.
- Dentro do Laboratório de Bombas em Spire.
- Escrito por Sirrus na sua permanência em Spire.
- Descreve seu plano e suas especulações em relação a Yeesha.
- Dividido em quartoze páginas.
- Escrito a mão com desenhos.
- Capa de cinza decorada e envelhecida.
- Incluí alguns comentários e especulações.
- Esta tradução é livre e cabe correções se necessárias.
- Tradução e comentários por: Drica Portes.
100.5.28. Ocorreu algo. Há uma estrutura no pináculo de Spire, que não existia há nove dias atrás quando eu fui recolher mais cristais. Sua permanência naquele lugar é impossível. Não obstante, eu estive dentro da construção e sei que ela é real. A dedução que sua existência seria inconcebível somente prova que meu pai continua vivo. Não entendo como pode ser. Entretanto o desenho da câmara e seu material, sua divisão com grades, suspeito que nossa reunião será tensa.
100.8.3. Quinze anos... E isso não basta! Quando eu cheguei esta Era não era nada. Nada se não pedras flutuantes e despojos. Foi eu que fiz a vida possível neste lugar, e consegui isso sem ajuda de ninguém. Se ao menos houvesse alguém que tivesse me ajudado. Mas não. Ele não gosta de falar de enganos e erros, somente deseja falar dos Livros. Sim eu os queimei, Pai. Eu sinto. E agora, deixaremos o passado de lado para que eu possa sair daqui?
100.8.17. Outra tarde perdida fazendo o jogo do pecador arrependido em sua Câmara de Ligação. Nem sei porque fico chateado. Esta claro que eu nunca o convencerei. Mas quanto a minha mãe? Sua mania de ficar esfregando aos mãos é exasperante, mas talvez eu possa aproveitar suas emoções. Talvez se eu manipular a sua culpa e talvez se eu fizer uma ilustração em forma de escultura, a qual ela possa ver direto de seu mecanismo de visualização. Escolhendo a recordação adequada, eu poderia convencê-la que também tenho arrependimentos.
100.9.29. Isto é intolerável! Se não estão dispostos a me libertar, porque criaram a Câmara em primeiro lugar? Para mostrar-me toda sua poderosa habilidade? Eu entendi Pai. De verdade. Tudo que eu consegui é insignificante ante tudo que você pode fazer com a Arte. É o único poder que você tem e que eu não posso derrotar. Não me surpreende que não tenha querido me ensinar.
101.1.19. Não aguentarei mais. Está na hora de demonstrar o meu poder. Pai, você acredita que sua Câmara é impenetrável, mas você esquece das normas que você mesmo me ensinou: freqüência e vibração molecular.
Com o cristal certo eu posso conseguir. Sim eu encontrarei a freqüência correta, sua melodia produzirá uma vibração que desequilibrará a Câmara no âmbito molecular. Os muros impenetráveis espatifarão como vidro. Sem dúvida eu necessitarei de muita eletricidade para fazê-lo funcionar. Eu terei que ter a melhor afinação de um instrumento musical.
101.1.29. Uma irmã?! Não sei o que pensar. Nunca havia cogitado esta possibilidade. Isso não deve me afetar eu tenho muito trabalho a fazer. Tenho que conseguir mais potência para os cabos. Perderia muito tempo em fazer mais condutores, mas se eu desmantelar as peças de parte da rede do Barco de pedra e redirecionar todo o resto para o trono. Mas se a sua Câmara tiver alguma brecha, então não precisarei de tanta energia.
101.6.10. Não tem sentido: nunca me ensinará a Arte. Perguntar a respeito somente servirá para aumentar suas suspeitas. Pode ser que com ele fora do jogo, talvez os D'ni me ensinem.
101.4.10. Não posso avançar sem ter uma amostra. Tentei retirar pequenas partículas da Câmara, usando todos os métodos seguros através dos cristais, e não tive êxito. Como convencê-lo a me dar uma amostra? Melhor ainda, pedaços consistentes que encaixem. Isto irá requerer uma estratégia de mestre. Pergunto-me se ele ainda se divertirá jogando...
103.2.14. Esta é minha querida irmãzinha. Vejo porque ele está tão entusiasmado com ela. Ela é somente uma menina, mesmo assim... Durante nossa conversa a descobri me estudando, tentado determinar em que acreditar. Me pergunto o quanto eles falaram a meu respeito para ela. Não importa. É óbvio que zelam muito por ela. Muito mais do que cuidaram de mim ou de Achenar. Pois bem, utilizarei isto ao meu favor.
103.8.26. As melhorias na velha caverna de cristal, vão seguindo o cronograma. A perda do meu laboratório foi apenas um contratempo, pois não posso continuar com as provas de freqüência, sem antes remover todas as paredes da caverna. Terei que tomar muitas precauções antes de efetivar a explosão. Prefiro estar envolto nas estrelas do que sentir um muro de pedra caindo sobre mim.
104.7.2. Não!!! Não pode fazer isso!!! Por que ele a envolveu nisso tudo?!! Não permitirei, não permitirei que uma menininha tenha tanto poder sobre mim. Como ousa ensinar a ela a Arte?!!! Deve ter algum modo de arrancar-lhe tal conhecimento. Mas como?
Assim! É isso! Avante pai, isso mesmo ensiná-lhe! Se insiste outorgar a Yeesha o poder, me assegurarei de tê-lo também.
105.5.28. Encontrei a freqüência...
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Cadeira aranha na Era Spire. MYST IV Revelation. |
- Observações sobre o Diário.
Neste Diário é nítido o plano maquiavélico de Sirrus. Sua ambição vai além de qualquer limite. O conhecimento da existência da irmã, despertou nele a inveja, ao contrário de Achenar que sentiu afeto. Tudo parece ter piorado no momento que ele descobriu que Yeesha estava aprendendo a Arte D'ni de confecção de Livros de Ligação.
Olhando pelo prisma de Sirrus, a pergunta que ele faz é muito interessante: por que fizeram uma Câmara de Ligação em Spire, se não pretendiam libertá-lo? Por que Catherine insistiu tanto para a elaboração das Câmaras se sabia que Atrus não estava propenso a libertar os filhos, se ainda desconfiava de ambos? Boas questões para uma discussão filosófica.
Estes diários são uma fonte de informação a respeito do jogo MYST IV Revelation. Abrange desde sua relação com Atrus, o contato com Yeesha, como também seus planos para sair da Era Prisão. Neste ínterim podemos distinguir a profunda angústia do personagem e sua eterna luta para ser compreendido pelos pais. Mostra também a faceta diabólica de Sirrus, um homem com inteligência excepcional, que pode destruir sua família apenas para conseguir o que deseja: o conhecimento da Arte D'ni.
Tradução e comentários por: Drica Portes.
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